Bernardo Sassetti partiu de um país à beira do abismo. Oficialmente, dizem que "caiu duma falésia", mas não é isso que importa. Os portugueses estão a empobrecer e quando desaparece um artista que tocava as pessoas, a falta é ainda maior, e é também um pedaço da nossa vida que nos é roubada.
Sassetti não era um "génio" como o foram Bach, Mozart, Beethoven ou Wagner, mas era um pianista, um compositor e um ser humano de muitos talentos, inteligente e sensível, e que nos deixa um legado musical precioso. Isso é quanto deve bastar para lhe prestarmos homenagem, pois não há muitos assim neste mundo suicidário...
A arte nem sempre salva os artistas, mas é um instrumento fundamental para construir uma alternativa ao "triunfo dos porcos" (Orwell), pois não é possível vislumbrar um futuro harmonioso sem uma proposta estética que ilumine o caminho a seguir. Mais, ela é uma âncora que nos pode ajudar a resistir a estes tempos insanos dominados pela máfia financeira, políticos corruptos e/ou incompetentes e seus serventuários (não confundir estes párias e sanguessugas da sociedade com os empresários que contribuem para o tecido produtivo e exercem um papel positivo no tecido social)
A música de Bernardo Sassetti faz parte dessa contra-corrente que procura combater a alienação que nos é imposta pela super-mediatização "pimba", através de uma proposta estética em que engenho e arte se combinam numa forma poética plena de beleza e espiritualidade. Usêmo-la pois, como tributo ao seu criador, mas também pelo prazer que nos dá, e em acto de resistência.
Como dizia Camões, "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades / muda-se o ser, muda-se a confiança; / todo o mundo é composto de mudança, / tomando sempre novas qualidades". É, pois, certo que novos tempos virão. O sentido do futuro, esse depende de nós, basta querermos a ponto de fazer por isso!
A música de Bernardo Sassetti faz parte dessa contra-corrente que procura combater a alienação que nos é imposta pela super-mediatização "pimba", através de uma proposta estética em que engenho e arte se combinam numa forma poética plena de beleza e espiritualidade. Usêmo-la pois, como tributo ao seu criador, mas também pelo prazer que nos dá, e em acto de resistência.
Como dizia Camões, "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades / muda-se o ser, muda-se a confiança; / todo o mundo é composto de mudança, / tomando sempre novas qualidades". É, pois, certo que novos tempos virão. O sentido do futuro, esse depende de nós, basta querermos a ponto de fazer por isso!
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